O investimento em Investigação e Desenvolvimento mantém a tendência de crescimento em Portugal

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Imagem: Pixabay

P-BIO

2 de agosto de 2023

 

A despesa total em Investigação e Desenvolvimento (I&D) voltou a superar os números dos anos anteriores a 2022, contribuindo com 1,73% do PIB em Portugal (4.134 milhões de euros)

Os resultados provisórios apurados a partir do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional relativo ao ano 2022 (IPCTN22), revelam que a despesa total nacional em I&D registou um aumento de 14,5% em relação ao ano de 2021.

Este crescimento verificado é transversal a todos os setores, sendo que o crescimento do investimento em I&D por parte das Empresas é o mais expressivo com um aumento de 19,4% (419 milhões de euros), seguido das Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos (IPSFL) com 18,2% (15 milhões de euros), e por fim o Ensino Superior e o Estado com aumentos de 6,9% (83 milhões de euros) e 4,7% (8 milhões de euros), respetivamente.

No que toca ao ano de 2022, os mesmos resultados mostram que os setores Empresarial e de Ensino Superior foram quem mais investiu em I&D, com 2.572 milhões de euros (62%) e 1.285 milhões de euros (31%). O Estado e as IPSFL foram responsáveis por 4% e 2%, respetivamente.

Apesar de ainda se encontrar um pouco longe da meta proposta pelo Governo para que a despesa total em I&D atinja 3% do PIB em 2030, verifica-se que o estímulo é, maioritariamente, proveniente das empresas, como pretendia o executivo.

A par dos recursos financeiros, foi feita a análise dos resultados afetos aos recursos humanos em I&D. Em comunicado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defende que “O aumento da despesa em I&D pelas empresas e outras instituições privadas é o reflexo do progresso do emprego qualificado e do compromisso do setor privado em inovar e acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal”.

Em 2022, o número total de pessoas a exercer atividades de I&D em Portugal foi de 74.025 (Equivalente a Tempo Integral – ETI), dos quais 59.051 desempenharam funções de Investigador, valores que representam um crescimento de 6% e 5%, respetivamente, em relação ao ano anterior. Os investigadores continuam a concentrar-se no setor Ensino Superior com 29.763 ETI (50%), e no setor Empresas com 26.456 ETI (45%). A proporção de investigadores na população ativa bate, assim, novo recorde de 11,3 investigadores por mil ativos em 2022, o que compara com os 10,9 de 2021.

O Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional é publicado todos os anos pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, desde 2007 (bienal entre 1982 e 2007).

Veja aqui o documento completo.

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